ABSTRACT
A radiocirurgia estereotáxica é uma técnica radioterápica indicada no tratamento de determinadas lesoes cerebrais. Devido aos avanços da tecnologia computadorizada, da ressonância magnética e da angiografia bidigital, podemos empregar, com segurança, raios-X de alta energia gerados pelo acelerador linear de partículas, para o tratamento de malformaçoes arteriovenosas, tumores malignos, benignos e recidivados, quando considerados inoperáveis devido a sua localizaçao ou quando houver recusa do paciente ou alguma contra-indicaçao clínica para cirurgia. O propósito deste trabalho é o de fazer um levantamento da bibliografia intemacional disponível, bem como descrever a técnica atualmente empregada no Centro de Radiocirurgia do Rio de Janeiro, que foi criado recentemente graças ao convênio estabelecido entre a Radioterapia Botafogo Ltda., e o Roswell Park Cancer Institute de Nova York.
Subject(s)
Humans , Adenoma/surgery , Astrocytoma/surgery , Brain Neoplasms/surgery , Intracranial Arteriovenous Malformations/surgery , Neuroma, Acoustic/surgery , Pituitary Neoplasms/surgery , Radiosurgery , Brain Neoplasms/secondary , Particle Accelerators , Radiosurgery/historyABSTRACT
Neste trabalho são estudados 50 pacientes portadores de NAC submetidos a tratamento cirúrgico para remoção do tumor. Estabelece-se correlação estatística entre a preservação da função motora da NFAC e achados clínicos, de neuroimagem e intra-operatórios. O objetivo é determinar quais fatores podem exercer influência significativa do ponto de vista estatístico no prognóstico da função motora do NFAC no seguimento pós-operatório, além de estabelecer a melhor época para reinvenção da musculatura da mímica facial, quando necessária. Os resultados mostraram que a probabilidade de preservação funcional do NFAC é influenciada conjuntamente pelo tamanho do tumor e pela idade do paciente. Portanto pacientes idosos e portadores de tumores volumosos apresentam menor probabilidade de preservação de função motora adequada do NFAC, definida neste trabalho como graus I e III na escala de House. A aderência tumora ao tronco encefálico, com maior probabilidade de ocorrer nos tumores volumosos e irregulares, também mostrou associação com a dificuldade de preservação funcional do NFAC.